12/03/2013

10 Maneiras sorrateiras de me odiar

Eu sei que é no corpo que a alma dói. Observo um mecanismo inconsciente, que me leva a fazer escolhas que me fazem mal. Então resolvi fazer uma lista para entender melhor COMO eu “me odeio”, e me aproximar do cenário desse drama silente que pode criar um inferno quando não estamos atentos. O primeiro passo para a auto aceitação está em reconhecer a realidade de quem Sou, através da simples e neutra observação. Bem, foi isso que  eu fiz…Se não der, pede ajuda.
1- Quando não supro minhas necessidades físicas
Comer quando tenho fome,  beber água quando sinto sede, dormir quando sinto sono, fazer xixi e cocô quando sinto vontade. Me gera stress, fico cansada e minha decisões quando estou cansada são desastrosas. Eu tenho um corpo e preciso cuidar bem dele para que EU funcione.
2- Quando digo SIM quando sinto NÃO e vice versa.  Sabe aquela coisa de gostar de dizer sim, porque é mais fácil,  porque evita atritos, por eu sou boazinha. Aiquiódio!  Quando sou solicitada, tendo a corresponder automaticamente ou simplesmente, me frustrar porque deveria ter dito NÃO. Ou SIM pra mim. Enfim, é meio confuso, entendeu? Dá tudo errado e ainda falam mal de você por trás. Dá pra evitar, mas aqui é um prato cheio para praticar o auto ódio.
3- Quando permaneço em convívio social ou íntimo que me faz mal
Sim, é muito difícil mudar de casa ou de trabalho. Mesmo de família, acontece.
No entanto, se o medo surgir, eu procuro na gentileza em mim as soluções que vão se clareando. Só assim, posso parar de me odiar através de alguém ou circunstância, posso observar e assumir minhas escolhas, respirar antes de agir. Ou posso continuar procrastinando. Mas não  posso deixar a responsabilidade de meu prazer ou dor nas mãos de ninguém. Ou estarei me odiando, passando mal.
4- Quando atraio situações violentas, discórdias familiares, conjugais
Não sei porque nem como, sou praticamente uma santa! Não gosto de me meter na vida dos outros, nem de filho, a menos que solicitada. Mesmo assim, vez ou outra me vejo em situações de violentas discórdias. Sem julgar, aprendo apenas a observar.  A consciência faz o resto.
5- Quando sinto necessidade do outro para viver o amor
Se estou falando de alguém que não sou eu, a respeito de uma pessoa, que não é meu interlocutor, das duas uma: Estou em terapia, então posso estar, no fundo, falando de mim. Ou estou simplesmente desperdiçando uma oportunidade única de  estar no presente momento com a presente pessoa.  Hemorragia energética, bampirismo, etc, assim dizem por aí.
6- Quando não expresso e engulo minhas emoções, sensações, palavras e meus talentos
…Só quem é vivo sente prazer, dor, alegria, necessidade de ser aceito e aprovado, para que se sinta crescendo e por isso, se amando um pouco mais.  Se eu me engulo viva, Eu e todas as minhas possibilidades, só posso me odiar. Não é possível!
7- Quando me ofendo com alguma grosseria de alguém ou evento
O outro ser vivente está lá, experimentando a vida, assim como eu. Aprendendo, errando e acertando. Por um motivo, que é só da pessoa, ela me agride verbalmente. Olhaí, o momento perfeito para me sentir péssima, não respirar e reagir. Posso evitar? Talvez, se puder observar-se  sem crítica.

8- Quando falo demais mesmo sabendo que vou me arrepender no dia seguinte
Sabemos todos, por experiência, que poderíamos ter evitado muitos dissabores, se tivéssemos ficado calados em dado momento.  Brigas e mal entendidos desnecessários, com pessoas importantes aconteceram, porque provavelmente, me odeio tanto, que não é possível que pessoas tão queridas, me amem e admirem, de maneira, que eu me descuido e falo um monte de bobagens. As vezes, tanto e por tanto tempo que perco a fio da meada que unia uma boa relação. O silêncio não angustiado entre pessoas  é a benção mais singela.
9- Quando passo horas no computador, toda torta, sem me alongar
Como ouso me sentir frustrada se me sinto exausta depois de um dia trabalhando e simplesmente procrastinando na frente do computador? Me maltratei, fazendo isso. Ninguém muda o que já passou, mas sabendo disso, posso deixar a luz dessa consciência acessa.
10- Quando crio expectativas na vida tão grandiosas ou tão pequenas, que não posso evitar aquele sentimento de frustração. Ué?  Tem como evitar sim. Obviamente, enxergando a si mesma, através das armadilhas que fazemos para nós mesmas.
A auto observação, sem julgamento de bom e mau, certo e errado, nos leva ao auto conhecimento, e só isso pode desatar os nós que fomos atando ao longo do caminho, mas que não nos servem mais, a menos que queiramos nos odiar.
E no fundo todos somos fontes (não cisternas) do Amor, mas esquecemos disso, as vezes.
Como é comum entre a humanidade…
CorpoInConsciencia
Faça-se uma gentileza
Observe sua respiração.
Articule sua mente

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