10/22/2013

Páprica Doce: A receita mágica dos relacionamentos

Páprica Doce: A receita mágica dos relacionamentos:


A receita mágica dos relacionamentos
















Se existe algo muito complicado e complexto na vida do ser humano, isso se chama relacionamento. E não dou ênfase apenas na esfera conjugal, qualquer tipo é alvo de ruídos, convergências, primaveras e sínteses. 





Vivemos em uma sociedade em que as pessoas desaprenderam a viver sozinhas, e grande parte das  vivem não estão felizes e satisfeitas. Podem até esboçar que sim, mas você vê de longe que tem alguma coisa meio oca dentro da pessoa. A grande maioria, para não dizer todos nós, buscamos na companhia do outro o preenchimento de um vazio interior, que certamente jamais será preenchido através da consumação desta relação -  ele só será preenchido se nós mesmos aprendermos a viver com ele. Transferir a alguém a missão desatisfazer aquilo que nós não conseguimos sozinhos é utopia. 





Não estou dizendo com isso que os relacionamentos têm um caráter negativo ou sem valor, longe disso. Eles são verdadeiras salas de aula onde aprendemos o respeito, a tolerância, a compreensão, a paciência e por ai vai. 





A questão é que muitas vezes mantemos relacionamentos completamentecaducos e aleijados apenas para não estarmos sozinhos. É como se algo estivesse morto e nós reivindicarmos a posse do moribundo para nós – um apego àquilo que já não funciona mais e não possui nenhuma vitalidade. Se não conseguimos sentir prazer e satisfação com a nossa própria companhia, o problema não está no outro e nem na relação, e sim com você! Isso mesmo, o problema é seu





Não é justo com ninguém depositar no outro a responsabilidade das suas frustrações e nem esperar que vá encontrar o verdadeiro Éden, fonte de regozijo apenas na presença de uma pessoa. O medo da solidão é tão exasperador  e repugnante, que grande parte dos indivíduos hoje, por exemplo, vivem casamentos mentirosos, onde ambos encenam um teatrinho para manterem as aparências e acabam afastando  a possibilidade de experimentar oalívio que seria retirar as suas máscaras, fechar a cortina e viver com mais autenticidade. 





Não adianta se orgulhar de que têm ótimas companhias, ótimo marido, ótimosamigos, ótimos familiares, ou que só a sua é o suficiente. É preciso se relacionar e saber viver em paz dentro da sua própria caverna, cultivar relações saudáveis, seja com quem for e ter a capacidade de se retirar a exílio quando é necessário. É como se dentro de cada um de nós houvesse um grande Himalaiaa ser percorrido, para experimentarmos a delícia de sermos quem somos precisamos fazer esta peregrinação sozinhos para não descontar nos nossosrelacionamentos as frustrações e amarguras da vida. 

E como disse meu professor de sociologia, Gilson Caroni, "Ninguém se separa por um mal-entendido. Mas muita gente permanece junta por um."




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