11/28/2013

MINHA HISTÓRIA COM VANESSA DA MATA


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“Eu tenho uma história com a Vanessa da Mata pra contar. Mas ela não sabe.”

De forma bastante lúdica, o MINHA HISTÓRIA COM VANESSA DA MATA de hoje traz o trinado de uma passarinha que voava por terras distantes. Mais precisamente na Alemanha. Detalhe para a foto enviada por Marilin Novak, no melhor estilo Bicicletas, Bolos e Outras Alegrias... Abaixo de zero!

“(A história) aconteceu em 2009, quando fui morar na Alemanha por seis meses, em pleno inverno, numa cidadezinha chamada Braunschweig, no norte do país. Eu e o meu namorado morávamos literalmente num minúsculo porãozinho alugado, a 7 quilômetros da cidade, mas bem de frente ao instituto de pesquisa onde ele estava trabalhando.

E aquele inverno foi colossal. Muita (muita!) neve num local onde não costumava nevar e frio batendo recordes de 40 anos! Tomar um modesto café na cidade (aliás, a única diversão, bem acompanhada de alemães nórdicos tão frios quanto o ar) significava pedalar sete longos e congelantes quilômetros sobre a neve escorregadia. Superlegal esse negócio de morar fora do país!

Como era de se esperar, ficar trancafiada naquele bunker me fez padecer de saudades do Brasil e, principalmente, do seu calor. E foram as músicas da Vanessa que me salvaram daquela angústia petrificante (só para dizer o óbvio, é lógico que eu sou completamente apaixonada pelas músicas dela).

Eu as colocava bem alto e ficava dançando-as e cantando-as até o meu corpo suar como se estivesse em Ipanema ou a minha voz sumir de rouquidão (ou a dona da pensão meter a cara na janelinha pra ver o que estava acontecendo dentro daquele quarto de malucos). As canções da Vanessa foram a minha ponte emocional como Brasil. Até o meu namorado, roqueiro até o último gole, já cantarolava "Ai Ai Ai..." por aí.

Até que em mais um daqueles domingos gelados e absurdamente "animados", eu e o meu namorado resolvemos pegar um trem até Goslar, uma microcidade a cerca de 1 hora da nossa. A cidade realmente era um ovo (congelado), mas tinha um centro histórico medieval muito simpático. Escondido atrás da igreja havia um restaurante, naturalmente também muito pequeno, com quatro ou cinco mesas bem intimistas, iluminadas à luz de velas.

Entramos nele, nos sentamos e pedimos um bom vinho. Que delícia! Depois de tanto tempo enclausurada, como era bom passear, comer fora, se embebedar, namorar, dar boas risadas, quase que no melhor estilo boteco tupiniquim, com uma boa imaginação.

E o que mais então eu poderia querer da vida naquele momento? Fazer tudo isso ouvindo Vanessa da Mata, talvez? "Produção! É pra já!". Sim! Do nada, começou a tocar Vanessa da Mata no som ambiente do restaurante. Sério. Aquilo foi quase um jantar brasileiro, ao som da minha cantora preferida (não fosse a salsicha no meu prato).

Claro que eu fui perguntar à dona do estabelecimento de onde, como e desde quando ela conhecia a Vanessa. A alemã me contou que fora casada com um português que adorava música brasileira, bom gosto que ela herdara depois da separação.

Bom, vou parar por aqui, porque não tenho espaço para contar as minhas outras duas histórias com a Vanessa (que ela também não sabe), já no Brasil. Fica pra próxima.

(A foto é do caminho até a cidade de Braunschweig, num dia de pouca neve).

Beijos

Mari”

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