11/25/2013

Junior Bomdiscipulo

Junior Bomdiscipulo:
O CRISTO CÓSMICO

"Algo nos fala à consciência, de uma vida maior, que inspira sentimentos mais elevados e mais belos. Ingente foi o trabalho no curso longo e multissecular, mas o Deus justo respondeu aos angustiados dos apelos do coração, enviando-nos seu Filho bem-amado – O Cristo Jesus!". (Emmanuel, Paulo e Estevão, Primeira Parte, Cap. VI, p. 111)

É com imensa alegria que escrevemos as primeiras linhas dessa importante matriz de nosso portal e não seria nossa pretensão concluir em tão ligeiras palavras, nem tampouco dimensionar os efeitos do pensamento, da mensagem, da natureza e do Ser Crístico, contudo, iniciamos, apenas iniciamos, a longa jornada de busca dessa Força que aguça profunda e sutilmente nossa natureza espiritual e Divina.

O Cristo Jesus é num só tempo, o futuro biológico do tipo humano, como também é uma realidade intrínseca e latente em cada indivíduo, pois, quanto mais buscamos o Cristo Jesus, mais despertamos o Cristo interno que vibra como sol interior em nosso espírito, eis por que aspiramos ao dia em que poderemos, pelas vias de nossa experiência pessoal, concluir: "não sou eu quem vive em mim e sim o CRISTO" (Gl 2 : 20), tal qual Paulo, o convertido, num momento de pura graça.

A imagem crística guardada em nosso universo interior é CÓSMICA, coletiva, pois reflete o degrau ascensional para o qual todos nos projetamos, e o modelo psíquico que cada um de nós deverá experimentar. Jesus vivenciou desde sua materialização até o fenômeno da crucificação e ressurreição, a integração da psique, fazendo-se símbolo arquetípico da redenção da humanidade.
Foi com esse entendimento que o psiquiatra de alma nobre Carl Gustav Jung, comparando o Cristo com o arquétipo da totalidade ou self, ressaltou intuitivo: "Aquilo que acorre na vida de Cristo ocorre em todos os momentos e locais. No arquétipo cristão, todas as vidas dessa espécie estão prefiguradas". (Carl G. Jung, Psicologia e Religião)

Jesus Cristo é o alfa e o ômega da busca interior, a lembrança mais sentida, a ausência mais percebida, o divino impulso que carregamos, por outro lado, desperta em nós a consciência de quão frágil somos, porque representamos simbolicamente Nicodemos e seu condicionamento (Jo 3 : 1-40), a adúltera e sua multidão de pecados (Jo 8:7), Marta (Lc 10:40), Pilatos (Mt. 27:24), os vendilhões no templo(Mt. 21:12), o jovem rico (Mt. 19:16), confusos na escolha pelo mundo, o povo imaturo e entorpecido, a falange que preferiu Barrabás (Mt. 27:17) e com isso estagnamo-nos, esperando que sejam despertos em nós, com a evolução de nossa consciência: a mulher da fonte, Zaqueu e sua fascinante busca e transformação, para sermos curados como a mulher homorroíza (Mt. 9:20), abençoados como as criancinhas (Mt. 19:14), salvos como o bom ladrão (Lc. 23:43) e para, afinal, repetir a estrela Maria (Lc. 1:30) e permitir que do nosso psiquismo possa vir à luz um Cristo de Deus nascido de nós, um Cristo nascido em nós.

"E o verbo se fez carne e habitou entre nós, cheio de graça e verdade" (João 1:14)

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