11/28/2013

Bruna Salis

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Das coisas que o processo terapêutico me ensinou, uma das mais importantes, sem dúvida, foi o aprendizado de que amar alguém não significa me matar junto com essa pessoa, seja em qual esfera de relacionamento for.

Há algumas "tragédias" comportamentais que não são tragédias. Ou poderíamos chamá-las de "tragédias anunciadas". Acho, de verdade, que o futuro do papel de todos nós dentro de uma relação, independente da profissão escolhida, será o papel de EDUCADORES. Fora do meu trabalho como terapeuta e dentro da vivência das minhas relações a minha ética pessoal me orienta a ser pontuadora. Pontuar é muito diferente de tentar convencer alguém a seguir determinado caminho ou adotar determinada conduta. Pontuar é lançar luz para que o outro veja.

E o pulo do gato para sabermos lidar com a liberdade de escolha do outro está em compreender que por mais que joguemos luz, o outro só verá se ele quiser ver. Simples assim.
Não me sinto responsável pelas escolhas das pessoas que amo, porque durante todo o trajeto eu pontuei. Aprendi a descobrir os meus limites de atuação e diferenciar "apoio" de "responsabilização indébita".

Não me permito frustrar se as pessoas que eu amo caírem. E diante de uma possível queda, estou sempre disposta a estender a mão, desde que o outro, de fato, tenha o desejo de levantar. E se essa vontade não existir, eu não vou me matar junto com ele. Aprendi que para amar alguém, eu preciso me amar primeiro. Que para ajudar alguém, eu preciso estar de pé. Assim como eu não terceirizo a responsabilidade do outro me fazer feliz, não permito também que o outro me responsabilize por suas escolhas.

E assim segue a vida. Mesmo que as escolhas alheias me causem tristeza, elas não me paralizam mais.

Desejo uma ótima quinta para todos nós! Com muita consciência de que o nosso limite termina quando começa o limite do outro.

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